Afinal, o que é gestão em SST?

Muito provavelmente você esteja habituado a ouvir a palavra “gestão”, liderando ou operacionalizando processos de saúde, segurança e meio ambiente. Mas afinal, qual o significado prático desse termo? É complexo?

 

Segundo o guru da gestão, Vicente Falconi, “gestão é abrir e fechar gaps”. Trazendo para um significado do dia-a-dia seria como “encontrar e resolver problemas bons”.  Ora, não demoraria muito e alguém iria afirmar nos comentários que  isso faz parte da essência de qualquer atividade. Pois sim, todos de alguma forma estão envolvidos com alguma atividade de gestão em absolutamente todos os dias, seja na vida pessoal sendo o você o gestor maior dela, ou no trabalho, tomando as decisões necessárias, ou seguindo diretrizes estabelecidas para que os resultados aconteçam. 

 

Indo um pouco além, fazer gestão é tomar decisões, o tempo todo. Até não tomar decisão alguma é uma decisão e faz parte da gestão, que tem seu preço, obviamente. Quanto melhor for a qualidade das informações, a liderança, o conhecimento, e o método utilizado para a tomada de decisões, segundo o mesmo Falconi, melhores serão os resultados.  

 

Enxergo uma grande lacuna de oportunidade nessa temática. Muitos profissionais de saúde e segurança, seja por fatores da própria organização ou motivados por característica pessoal, se guiam pela “diretriz  do vento” para a tomada de decisões. Para onde o vento soprar mais forte vai-se. Por vezes “o vento” são ocorrências como acidentes ou doenças, por vezes é o governo pelo viés da lei, ou uma nova liderança estabelecendo novas diretrizes. Na prática, é uma absoluta falta de convicção sobre o que deve ser feito e mais ainda o por quê deve ser feito. Como o profissional de saúde e segurança pode romper esse ciclo que gera frustração e resultados insuficientes? Alguns insights:

 

1) Liderar com maestria, não “delargando” assuntos de sua pasta. Não basta ser um mero expectador, ou passageiro, é preciso liderar, agir de fato. Ter uma posição que reforce a percepção de “patinho feito” na organização não irá ajudar em nada. Procure  posicionar-se como um resolvedor de problemas. São raras as pessoas que não gostam de quem soluciona problemas. Isso vai fazer aumentar o seu exército de aliados e acelerar suas entregas.

 

2) Buscar conhecimento para que definitivamente tenha propriedade sobre temas de gestão. Para isso existe uma gama de possibilidades, como cursos livres, livros, educação formal e outras tantas possibilidades. Mais importante é, de novo, agir.

 

3) Escolher e fazer uso de método disciplinadamente. Aqui está a consistência na gestão e obviamente uma estabilidade de processos e resultados como benefício. As decisões prescindem de um por quê e um método bem aplicado lhe permitirá encontrá-lo. Particularmente sou um fã da metodologia PDCA, não porque ela é mais fácil de se implantar em todos os níveis, mas sim porque ela permite paralelos de aplicação, na vida pessoal, inclusive, o que facilita a exemplificação e o entendimento de superiores,  pares e equipe.

 

A gestão é um processo contínuo, sistemático, ordenado, não caótico e tão pouco aleatório. Esteja preparado para mesmo que devagar criar uma cultura em organizações onde a maturidade ainda é baixa sobre o tema. Seja persistente para que os resultados aconteçam. No pior dos mundos, caso os resultados não ocorram, você terá evoluído significativamente como profissional.

Alexandre Golfetto

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