Desenvolva a capacidade técnica da equipe
Imaginemos que a etapa de mapear Riscos e Oportunidades com a Matriz SWOT/FOFA já tenha sido elaborada, é chegado o momento onde o trabalho é mais complexo, mas ao mesmo tempo que permite o maior upgrade técnico da equipe: identificar perigos e avaliar riscos. Por quê? Porque aqui a capacidade de percepção será posta em prática sucessivas vezes (talvez até a exaustão) e sem sombra de dúvidas será aprimorada.
E como faz? Antes de mais nada costumo dizer que, podemos fazer de várias formas, mas A Forma (ou método) precisa fazer sentido e estar escrito. Documentar a forma, ou metodologia que será utilizada é necessário, entre outros motivos, pois:
a) Permite com quem esteja a frente avalie inconsistências e as corrija em tempo; e
b) Facilita a construção de materiais orientativos para capacitação e a gestão do conhecimento.
Aqui me permito um comentário pessoal: Mais do que estar em uma organização e criar um sistema de processos, pense em todo esse trabalho como parte do seu legado profissional, a sua marca, algo que as pessoas lembrarão positivamente e o tempo conservará.
Porém, antes de mais nada estruture o processo como um todo. Bingo! O PDCA (Plan-Do-Check-Act) é a chave para isso, pois permite “loopings infinitos” de utilização, ou seja, posso fazer o PDCA em um processo que faz parte de outro PDCA.
Bom, mas o que isso quer dizer na prática em relação a perigos e riscos? Quero dizer que para fazer a identificação dos perigos e avaliação dos riscos pode-se quebrar em etapas do PDCA.
P - Planejamento (Plan)
Como parte do Plan, deve-se antes de mais nada saber o que é necessário de informação, ou seja quais os processos existentes na organização, como eles se dividem em setores, atividades e operações. Para quê? Se não é conhecido o que é feito e onde é feito, o trabalho será generalista, nada específico e, irá cobrar seu preço logo adiante sob a ótica de riscos para as pessoas e para o negócio. Também é necessário capacitar as pessoas envolvidas que irão realizar a identificação dos perigos e avaliação dos riscos, pois não fazê-lo é garantia de falhas e retrabalhos.
D - Execução (Do)
Em seguida, no Do, se coloca a mão na massa, realizando o trabalho de identificação de perigos e avaliação de riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos (acidentes) conforme a metodologia escolhida e documentada (sugiro aprofundar na ABNT NBR ISO 31.000:2018), e capacitam-se as pessoas envolvidas. A metodologia escolhida de identificação de perigos e avaliação de riscos pressupõe que se levem em consideração aspectos como: organização do trabalho e fatores sociais, atividades rotineiras e não rotineiras, situações reais e ou potenciais, incidência direta ou indireta, condição operacional normal ou emergencial, mudanças ocorridas ou que irão ocorrer, existência de requisitos legais e outros, controles existentes. É recomendável que se utilize uma metodologia quali-quantitativa, ou seja que existam critérios descritos e que estes sejam associados a números, para facilitar a interpretação dos resultados e a definição posterior de prioridades a atacar. Metodologias convencionais conjugam Probabilidade/Chance x Severidade/Magnitude do dano causado pelo risco. O detalhe aqui é que deve-se considerar os controles existentes, sejam eles físicos (barreiras), sistêmicos (processos, procedimentos, sinalizações, regras) ou comportamentais (capacitações, fator humano).
Perceba como é um trabalho colossal e que se repetirá inúmeras vezes até que todos os processos sejam percorridos na sua empresa. A consistência de repetida execução permitirá um ganho exponencial na capacidade técnica e perceptiva da equipe envolvida. Se aprende fazendo.
C - Verificação (Check)
Na etapa de Check mede-se o que foi feito e o resultado alcançado em relação ao que foi planejado. Meça algo de duas formas, o meio do caminho e o final do caminho, o que quero dizer? Utilize indicadores que dizem como o processo está andando e como o resultado final esperado está sendo alcançado.
A - Melhoria (Act)
Enfim, no Act são estabelecidas as ações para corrigir ou melhorar o processo feito até então. Fazer totalmente certo da primeira vez é ótimo, mas considere que raramente isso vai acontecer, uma oportunidade de melhoria ou outra vai haver e para isso que pensar com modelo mental de PDCA te permite.
Que tal utilizar uma plataforma integrada para identificar perigos e avaliar riscos, gerir planos de ação com a visão de resultados mais ampla do mercado, que utiliza na sua inteligência o PDCA?
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