Um dos grandes dilemas e dificuldades do profissional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente é definir prioridades ao iniciar em um novo desafio profissional. Isso se dá por vários motivos de natureza pessoal ou da maturidade da própria organização onde se está trabalhando. Alguns profissionais desconhecem o “como” e preferem “dar continuidade” ao que já vinha sendo feito, mesmo que o resultado disso não fosse o esperado, gerando frustrações logo em seguida.
Em outras circunstâncias a própria empresa tem um nível de desorganização tamanho que a quantidade de incêndios a apagar diariamente simplesmente engole o profissional do início ao fim da jornada nos primeiros dias, impedindo este de sair do redemoinho e pensar de maneira estratégica ou minimamente tática e em como estruturar a sua metodologia de trabalho. Realmente é um grande desafio, sair dessa armadilha que se apresenta logo de cara.
E qual a solução?
A solução passa por pensar sistemicamente e não aleatoriamente. Para isso existem metodologias. Aqui abordaremos a metodologia PDCA (Plan-Do-Check-Act) utilizada desde a metade do século passado como base para estruturação da gestão de processos e que é a grande norteadora dos sistemas de gestão de saúde, segurança e meio ambiente. Não estamos falando sobre certificação ISO 14001 ou 45001, mas sim sobre como se beneficiar da arquitetura do sistema preconizada nas normas de certificação e que pode ser utilizada como base para organizar os processos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, em qualquer empresa. Absolutamente qualquer uma.
A arquitetura básica de um sistema composto por vários elementos/processos de Saúde, Segurança e Meio Ambiente que pode ser utilizada em qualquer empresa, pode ser resumidamente descrita conforme a figura a seguir.
O “S” (Support) engloba os processos de suporte e para fins didáticos é tratado como um processo a parte, mas de maneira bibliográfica faz parte do “Do”.
Conectado a todas estas etapas está a liderança como a principal responsável e os trabalhadores da organização, como interessados e parte ativa do sistema.
Pode parecer complexo no início, mas ao enxergar estas “caixinhas” como engrenagens rodando e funcionando, você vai perceber como faz sentido.
Cada caixinha desta estrutura representa um processo que precisará ser planejado, executado, medido e melhorado sempre que necessário, criando ciclos de melhoria contínua.
E por qual "caixinha" começar?
A lógica do sistema prevê trabalhar em Planejamento, depois em Suporte, em seguida na Execução, posteriormente na Verificação e por último na Melhoria. Em seu desafio, talvez você perceba que alguns processos já existam e que basta ordená-los e organizá-los. Por outro lado pode se deparar com uma “terra arrasada” e haverá a necessidade de iniciar quase do zero. Faz parte do trabalho.
